Antes de mais nada, lavar o carro. O sangue seco é tramado de tirar dos pára-choques.
Se conhecer o dono do bicho, evite-o por uns dias, não vá ele saber que foi você quem lhe matou o Piruças. Se lhe perguntar pelo bicho, diga que não sabe de nada e não insinue que pode ter sido atropelado. Depois de seco, o sangue que lhe vai escorrer do nariz a seguir ao murro, é tramado de tirar da camisa.
Se não conhece nem o cão, nem o dono e até precisa de fazer uns cobres depressa, agarre no que sobra do bicho e enfie tudo no porta-bagagens. Escusado será dizer que um saco de plástico ajuda a evitar as tais nódoas tramadas nos estofos e alcatifas. Dirija-se a um mercado informal angolano e venda a carne como verdadeiro cabrito. Não deixe os compradores ver a coleira a dizer Bobby ou os dentes do animal. Lembre-se de nunca mais comer na rua.
Se o cão era seu, não lhe dizemos nada, não vá julgar que fomos nós que o passámos a ferro.
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