A história da beringela é profundamente triste. Aliás, tão triste, tão triste, que mais parece uma história de cebolas arrevezadas. Não é aconselhável tentar conhecer-lhe todos os pormenores, uma vez que é conhecida por causar depressão extrema.
Reza a lenda que o maior especialista na história das beringelas conseguiu finalmente saber tudo o que havia para saber sobre as ditas, mas suicidou-se pouco depois, afogado nas próprias lágrimas. Felizmente, não deixou nada escrito, evitando assim uma vaga de suicídios.
A sua origem permanece um mistério. Dizem os entendidos que é órfã de mãe, pai e cão. Fora personagem de desenho animado e chamr-se-ia Heidi e morava com um avô nos Alpes. É talvez por isso que ande sempre deprimida, com aquela cor de defunto mal embalsamado.
Costuma ser avistada nas mercearias ou prateleiras de supermercado fazendo sorrisos amarelos a quem passa, prometendo um belo prato ou paladares exóticos. Na verdade é apenas fachada, porque não sabe a grande coisa e a sua preparação costuma resumir-se a recheá-la de alguma coisa comestível.
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